Paulo Roberto Costa pode depor à CPI Mista da Petrobras

Larissa Bortoni | 03/09/2014, 17h45

Diante de notícias de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria fechado um acordo de delação premiada para redução de pena, o relator da CPI Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), admitiu a possibilidade de convocá-lo a depor. Ele observou, no entanto, que ainda não recebeu uma informação precisa quanto a um eventual acordo.

— Assim que ele prestar esse depoimento, vocês podem ter certeza que eu serei o primeiro a apresentar um requerimento para requerer esse depoimento para CPMI — afirmou o deputado.

Reportagens publicadas no início da semana dão conta de que Paulo Roberto Costa está ajudando a polícia a esclarecer o esquema de lavagem de dinheiro conduzido pelo doleiro Alberto Youssef. Acusado de participação em um esquema de corrupção na estatal do petróleo, o ex-diretor da Petrobras está preso na Polícia Federal em Curitiba. Junto com Youssef, que também está preso, integraria uma quadrilha que pode ter movimentado ilegalmente R$ 10 bilhões.

A CPI Mista da Petrobras já aprovou a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Paulo Roberto Costa, bem como o do doleiro Alberto Yousseff. Além disso, o ex-diretor da estatal depôs na CPI da Petrobras exclusiva do Senado no dia 10 de junho. Afirmou por mais de uma vez que nunca usou o posto de alto executivo da Petrobras para superfaturar contratos da empresa. Também disse que não sabia que Alberto Youssef era doleiro.

Um dia após esse depoimento, Paulo Roberto Costa foi detido pela segunda vez por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná. O motivo foram supostas contas que Costa teria em bancos suíços com depósitos de US$ 23 milhões. Ele já havia sido preso em março, mas foi libertado dois meses depois devido a um habeas corpus a seu favor, decidido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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