Rodrigo Rollemberg propõe mudanças na educação no Distrito Federal

Da Redação | 29/07/2014, 15h20

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) apresentou nesta terça-feira (29) números que mostram deficiências na educação pública no Distrito Federal. Para o senador, o quadro é consequência de falta de planejamento e de visão estratégica. O resultado, como disse, é que na capital do país 25% das crianças não frequentam a pré-escola. Além disso, mais de 300 mil estudantes do ensino fundamental estão fora da sala de aula, ocorrendo mesmo com 200 mil jovens do ensino médio.

Rollemberg acredita que o sistema público de educação deve enfatizar a educação básica, que vai dos 4 aos 17 anos. Outro desafio, disse ele, é que todas as crianças frequentem a pré-escola, “uma vez que nesta fase o convívio escolar possibilita maior desenvolvimento cognitivo, o que é fundamental para que os estudantes tenha um desempenho adequado durante a vida acadêmica”.

O senador denunciou que apesar de a propaganda do GDF  ter anunciado a construção de 20 creches, elas ainda não têm condições de funcionamento adequado. A consequência são cem mil crianças de zero a 5 anos sem atendimento.

- Não basta fazer obras. A sociedade quer creches que efetivamente funcionem e estejam preparadas para atender as crianças. Apenas com o superfaturamento identificado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal nas obras do Estádio Mané Garrincha, em um total de R$ 431 milhões, daria para construir 172 creches no Distrito Federal - afirmou.

Diante deste quadro, Rollemberg propôs mudanças estruturais na educação pública no Distrito Federal. O propósito é melhorar a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos. Sugeriu o fortalecimento da gestão, com foco em resultados e qualificação dos profissionais.

- Se não mudarmos nossas políticas para o setor, corremos o risco de ver intensificado o fenômeno que pode inviabilizar o desenvolvimento do país: a fuga dos profissionais da educação. Os nossos jovens estão desistindo do magistério. Dados do Ministério da Educação indicam que temos hoje uma demanda de 170 mil professores matemática, física e química - ressaltou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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