Jorge Viana lamenta falta de reforma política e critica o PSDB

Da Redação | 28/07/2014, 17h47

O senador Jorge Viana (PT-AC) lamentou, em discurso no Plenário, a ausência de uma reforma política que valesse já para as eleições de outubro. Por causa disso, ele acredita que as campanhas serão caras e desiguais do ponto de vista do poder econômico de cada candidato e partido.

- Essa é a mãe das reformas, a mais importante reforma de que este país precisa, porque se o Brasil se modernizar do ponto de vista da política, nós vamos fortalecer a democracia, vamos tirar essa suspeição na representação democrática, vamos ter governos com mais autoridade de promover mudanças – disse.

Ao defender o governo de Dilma Rousseff, Jorge Viana não poupou o grupo que classificou como “a elite que tem complexo de vira-lata, que não reconhece as mudanças que o nosso país já experimenta, que parece que não entende que o Brasil era uma país que há 11 anos tinha um PIB de US$ 500 bilhões, e hoje apresenta um PIB de US$ 2,3 trilhões”.

Esse “grupo”, de acordo com o senador, são os adversários que estão em volta, por exemplo, da candidatura do PSDB – a quem denominou o ninho da elite que tenta forjar ação contra o país, usando o argumento de que estão enfrentando o PT e o governo.

- Nós pegamos um país com 12% de inflação. Aí, a inflação fica próxima de 6% e dizem que o PT explodiu a inflação no país, mas com o PSDB era 12%. O PSDB ficou oito anos no governo e gerou 4 milhões de empregos; Lula e Dilma geram 20 milhões. O PSDB governa São Paulo há 20 anos, e lá existe uma crise de água para beber por falta de investimento, porque as represas são da década de 70 - afirmou o senador.

Em contrapartida, o senador minimizou os números ruins do governo Dilma dizendo que “são consequências que o mundo todo enfrenta por conta da crise global”. Mesmo assim, disse que o Brasil “atravessa essa crise gerando emprego com carteira assinada, com uma economia que segue como uma referência no mundo”.

- Nós mudamos os indicadores sociais deste país: tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza que, agora, são da classe média; em abril deste ano, o número de pessoas que andam de avião passou a ser maior do que o número de pessoas que andam de ônibus neste país; estendemos a mão para 30 milhões de pobres. Não tenho dúvidas de que a presidenta Dilma quer um governo em que haja mais inclusão social - disse.

No mesmo pronunciamento, o senador também elogiou o governo do seu irmão no Acre, o ex-senador Tião Viana, dizendo, entre outras coisas, que ele contribui para a restauração das rodovias destruídas pelas enchentes deste ano.

- Ele está indo muito bem. Estive em Cruzeiro do Sul este fim de semana, em Sena Madureira, em Rio Branco, sinto um ambiente acolhedor das pessoas, um reconhecimento do trabalho que o governador Tião Viana tem feito - afirmou.

SBPC

Jorge Viana comemorou o envolvimento da população e dos pesquisadores na reunião anual da SBPC, ocorrida na Universidade Federal do Acre (UFAC) na última semana. De acordo com ele, a programação científica teve inscrição e participação de 6.531 pessoas – bem mais que as 4 mil esperadas. Elas acompanharam pelo menos uma das quase duzentas atividades, entre mini-cursos, conferências, mesas redondas, encontros e sessões especiais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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