Participantes de debate criticam regularização da maconha
Da Redação | 02/06/2014, 12h35
Após ouvir autoridades convidadas para debate sobre regulamentação da maconha, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) possibilitou a participação de pessoas que acompanharam a audiência pública. Ele ouviu da maioria críticas à descriminalização da droga.
Luiz Bassuma, ex-deputado federal, ponderou que o caso brasileiro, com mais de três milhões de usuários, é mais complexo que o uruguaio, que regularizou o plantio e o uso da maconha. Ele considera que a facilitação do consumo da droga teria reflexo direto em crianças e adolescentes, sendo incorreto regulamentar seu uso em nome de uma guerra contra o narcotráfico.
Também Nazareno Feitosa, da Polícia Federal, considera a liberalização um erro, por resultar, como observou, no maior consumo da droga, que causa alienação, perda de vínculos com escola e desagregação familiar.
No mesmo sentido, Elismar Santander, que trabalha com tratamento e reinserção de dependentes, afirmou que o uso de maconha abre portas para acesso a outras drogas, como o crack, mesma posição de Moises Moreno, que relatou experiência da Polícia Civil do Brasil sobre consequências negativas do uso de drogas.
Na presidência da audiência pública, o senador Cristovam Buarque destacou a importância do debate, para que a sociedade e o Parlamento possam refletir se vale à pena correr o risco da regulamentação da maconha para reduzir a violência ligada a seu consumo ou se o país deve persistir em medidas convencionais de combate ao consumo e tráfico de drogas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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