Alvaro Dias defende fim do sigilo para empréstimos a outros países

Da Redação e Da Rádio Senado | 29/05/2014, 19h10

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) lamentou que projeto de lei de sua autoria que acaba com o sigilo em empréstimos concedidos a outros países não tenha sido votado nesta quinta-feira (29) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Segundo o senador, por orientação do Executivo, a proposta (PLS 26/2014) foi retirada da pauta de votações por um pedido de vista do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Para Alvaro Dias, isso significa que o governo está relutante em aceitar o fim do sigilo que tem adotado em empréstimos concedidos a outros países, como Cuba, que aplicou o dinheiro na construção de um porto.

- É incompreensível ver a presidente do Brasil inaugurando o Porto de Mariel, com mais de US$ 800 milhões do BNDES, enquanto os portos do Brasil estão sucateados, apenas para dar esse exemplo. Por esta razão, apresentamos esse projeto e esperamos que o Congresso Nacional, o aprove. O povo brasileiro tem o direito de saber para onde vai o dinheiro que é seu, oriundo dos impostos pagos com tanto sacrifício - disse o senador.

CPI Mista da Petrobras

Alvaro Dias afirmou que a CPI Mista da Petrobras, instalada na quarta-feira (28), "chegou tarde". Ele disse que o Congresso perdeu dois meses porque o governo conseguiu protelar a CPI para deixá-la com pouco tempo para investigar as denúncias envolvendo a maior companhia do país.

Isso porque, segundo o senador, o Congresso vai caminhar a "passos de tartaruga" durante a Copa do Mundo, que terminará em 13 de julho. A campanha eleitoral começará oficialmente em julho e, no dia 17, terá início o recesso parlamentar de duas semanas.

Na opinião de Alvaro Dias, a CPI mista não só ajudaria na investigação das denúncias, como poderia convocar os brasileiros a pressionar a Justiça a fazer com que os responsáveis por "negociatas escusas, falcatruas e desvios milionários" na Petrobras fossem punidos de forma rigorosa.

- Nosso desejo é retirar a empresa das mãos daqueles que a assaltaram e dilapidaram seu patrimônio - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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