CPI da Petrobras será centrada em quatro denúncias de irregularidades na estatal

Da Redação | 29/04/2014, 19h40

O requerimento apresentado pela oposição para que seja criada no Senado uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Petrobras está centrado em quatro possíveis irregularidades ocorridas entre os anos de 2005 e 2014.

A primeira delas são as denúncias de anormalidades no processo de compra da refinaria de Pasadena no Texas (EUA). A outra são indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SMB Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras. A CPI vai ainda averiguar, em 180 dias, se as plataformas de petróleo estariam sendo lançadas ao mar sem uma série de componentes considerados essenciais para a segurança dos equipamentos e dos trabalhadores. Há ainda denúncias de superfaturamento na construção de refinarias pela Petrobras.

A comissão parlamentar de inquérito deve ser formada por 13 senadores titulares e sete suplentes. Deste total, de acordo com o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), três são da oposição e dez da base de apoio ao governo. O PMDB, partido com maior bancada no Senado, indicará quatro dos integrantes e ainda decidirá se vai presidir ou relatar a CPI.

O líder da legenda, Eunício Oliveira (CE), disse que até esta quarta-feira (30) fará as indicações. Também na quarta ele define se o PMDB vai ocupar a presidência ou a relatoria da CPI. A partir dessa definição, o PT tem a prerrogativa, por ser a segunda maior bancada no Senado, de escolher o relator ou o presidente, como explicou o líder dos petistas, Humberto Costa (PE).

- O PMDB, por ter a maior bancada, escolhe qual é a função que deseja ter: a presidência ou a relatoria da CPI do Senado. Nós do PT, teremos a segunda escolha. Vamos aguardar para ver qual é a decisão do PMDB e a partir daí vamos nos posicionar - disse Humberto Costa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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