Randolfe Rodrigues defende a desmilitarização da polícia

Da Redação e Da Rádio Senado | 24/04/2014, 19h05

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) advertiu que a morte do dançarino DG, que trabalhava no programa Esquenta, da TV Globo, é mais um caso que mostra a necessidade de um novo modelo de segurança pública e atuação da polícia no país.

— Há um modelo de polícia que tem que ser desmontado. DG era um trabalhador. É óbvio que as investigações estão em curso, mas os indícios, os elementos, tudo indica que DG foi mais uma vítima da violência policial que vitima os mais pobres, notadamente os que moram nos morros e na periferia carioca — afirmou.

Na opinião do senador, a atual concepção policial, herdada do regime militar, "impõe à polícia uma atuação violenta, militarizada, preconceituosa e autoritária" que, segundo ele, visa apenas a repressão e tem vitimado a população mais pobre.

De acordo com Randolfe Rodrigues, houve mais assassinatos no Brasil entre 2008 e 2012 do que nos 12 maiores conflitos armados do mundo entre 2004 e 2007. Para o senador, esse dado comprova que o modelo de segurança pública em vigor fracassou e precisa ser reformulado. Para isso, ele considera necessária a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que aguarda votação no Senado.

A proposta, apresentada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), reformula o sistema de segurança pública e desmilitariza a polícia.

— É urgente e necessário nós constituirmos um outro modelo de polícia para enfrentar o grave problema da violência no Brasil. O que falta a essa concepção de polícia brasileira é inteligência, humanização e integração. É urgente e necessário que esta Casa dê uma demonstração de coragem e paute, para ser votada, a proposta de emenda constitucional número 51 — pediu Randolfe.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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