Em reunião da CDH, Ana Rita destaca atualidade de encíclica de João XXIII

Bruno Lourenço (Rádio Senado) | 08/07/2013, 14h20

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado dedicou-se, na manhã desta segunda-feira (8), à discussão da encíclica Pacem in Terris ("Paz na Terra"), publicada em 1963 pelo papa João XXIII. No texto, o pontífice pediu a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade.

A carta encíclica é um documento do papa dirigido aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis. A encíclica Pacem in Terris foi publicada no dia 11 de Abril de 1963, dois anos depois da construção do Muro de Berlim e alguns meses depois da Crise dos Mísseis em Cuba. Naquele momento, o papa João XXIII conclamou os povos a resolverem seus conflitos com negociações e não com armas.

Ao falar na reunião, Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, destacou que a Pacem in Terris ainda tratava do direito à educação, cultura, liberdade e ao trabalho. E que o ser humano devia ser colocado em primeiro lugar nas decisões governamentais.

- Estamos aqui preocupados com as questões da humanidade, da sociedade, das diversas igrejas e religiões. E todas elas preocupadas em primeiro lugar com os seres humanos. É um texto que remete para os pobres – disse dom Leonardo.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a senadora Ana Rita (PT-ES) louvou a atualidade da encíclica.

- Que texto atual! Ela nos traz orientações e dicas profundas e ao mesmo tempo tão simples de convivência humana. E às vezes, no dia-a-dia, nós vamos nos perdendo diante disso. Nas relações pessoais, entre comunidades, políticas, sociais e econômicas - disse a parlamentar.

O Papa João XXIII morreu menos de dois meses após a publicação da encíclica.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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