BNDES deve aumentar recursos para infraestrutura logística

Anderson Vieira | 08/05/2013, 15h40

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quarta-feira (8) que a instituição vai aumentar o apoio ao setor de logística, direcionando R$ 30 bilhões em 2013 e R$ 34 bilhões em 2014 para ferrovias, portos, aeroportos e estradas. No ano passado, foram desembolsados R$ 25 bilhões.

Coutinho, que participou de audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Infraestrutura (CI), informou que a tendência é de aumento desses valores diante da perspectiva da realização de leilões de concessão ao setor privado.

– Já iniciamos um processo de expansão no investimento em infraestruturas logísticas. A trajetória dos financiamentos será certamente crescente. A expectativa é que os leilões possam mobilizar o investidor privado para uma onda robusta e duradoura de investimentos em logística, extremamente necessários para a ampliação a eficiência da economia brasileira – opinou.

Luciano Coutinho passou boa parte da reunião mostrando a importância para o país do banco, que é atualmente, segundo ele, o maior provedor de crédito a longo prazo do Brasil.

De acordo com Luciano Coutinho, o BNDES fechou 2012 com R$ 8,2 bilhões de lucro líquido e se beneficia do baixo índice de inadimplência e da boa carteira de crédito.

– Em 2012, 99,1% da carteira do BNDES estavam compreendidas entre os níveis duplo A e C, ou seja, de boa qualidade. Trata-se de um percentual superior ao da média das instituições financeiras privadas e públicas – afirmou.

Por mais de uma vez, o presidente do banco ressaltou o papel desempenhado pela BNDESPar, subsidiária da instituição que, entre outras atividades, administra carteira de valores mobiliários, atuando no mercado de risco. Coutinho ressaltou que a BNDESPar tem sido mal compreendida, mas não usa recursos do Tesouro e faz investimentos rentáveis e tem gerado lucro para o BNDES. Em 2012, o lucro da BNDESPar foi de R$ 298 milhões.

Inflação

No fim da reunião, ao fazer um balanço sobre a macroeconomia, Luciano Coutinho disse estar confiante que o Brasil consiga uma taxa de 3,5% de crescimento até o fim do ano. À imprensa, ele disse ter confiança de que a política do Banco Central vai colocar a inflação “nos eixos”:

- O mercado projeta uma inflação declinante para os próximos meses, especialmente no segundo semestre. Trata-se de um consenso. A inflação sob controle, indo para o centro da meta, é essencial para o crescimento do país - avaliou.

A audiência desta quarta-feira foi comandada pelo presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que lamentou a ausência dos senadores da oposição.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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