Simon aponta Lyra como 'grande arquiteto' da transição democrática

simone-franco | 06/05/2013, 12h50

“Tenho para mim que esta tenha sido a página mais bonita da história de nosso país”. Com essas palavras, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) abriu a homenagem do Congresso Nacional a Fernando Lyra (1938-2013) e exaltou a “coragem e competência” do político pernambucano na articulação da candidatura vitoriosa de Tancredo Neves na eleição indireta para presidente da República em 1985. Lyra faleceu em fevereiro deste ano.

- Eu costumo dizer que uma crise política tem o tamanho da falta que pessoas como Fernando nos fazem. Eu diria que Fernando Lyra foi um grande arquiteto no processo de transição política [da ditadura para a democracia], e , quando o país estava mergulhado no arbítrio, foi o mestre de obras na edificação do processo democrático – afirmou Simon, ao abrir a sessão solene do Congresso Nacional, nesta segunda-feira (6), em homenagem aos 40 anos de vida pública do ex-ministro da Justiça do governo José Sarney.

O peemedebista admitiu ter sido contrário à composição do PMDB com o então presidente do PDS, José Sarney, como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves no colégio eleitoral. Mas reconheceu o cumprimento dos grandes compromissos da Aliança Democrática por Sarney, hoje senador pelo PMDB do Amapá.

- E digo isso não só pela manutenção do ministério de Tancredo, que era o necessário para que ele assumisse com credibilidade popular. Sarney, justiça seja feita, convocou a Constituinte, promoveu a abertura, legalizou os partidos de esquerda, terminou com a censura à imprensa. Nós cumprimos as nossas missões – sintetizou Simon.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: