Cristovam comenta números de relatório sobre a educação no Brasil

Da Redação | 11/03/2013, 18h55

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comentou nesta segunda-feira (11) os dados do relatório De Olho nas Metas 2012, divulgado na última semana pelo movimento Todos Pela Educação. O documento aponta defasagem no cumprimento de várias metas, além de desigualdade entre resultados de escolas públicas e particulares e entre as regiões do país.

- A desigualdade de um estado para o outro é terrível. O norte tem metade do nível de aprendizado do centro-sul, que já é baixo – criticou.

O relatório é produzido anualmente pelo movimento Todos Pela Educação para o acompanhamento dos indicadores de atendimento escolar à população de 4 a 17 anos, alfabetização, desempenho dos alunos no ensino fundamental e médio, conclusão dos estudos e financiamento da educação. O objetivo é monitorar metas fixadas pelo movimento.

Entre os pontos comentados pelo senador está o fato de 8% das crianças em idade escolar estarem fora da escola, o que equivale, conforme disse, a 3,8 milhões de crianças.

O senador voltou a defender sua proposta de federalização da educação de base no Brasil. Para ele, as crianças brasileiras deveriam ter a mesma qualidade da educação em qualquer parte do país, independentemente do município em que nasceram.

- Não há como ter uma educação em todo o país nas mãos dos pobres coitados prefeitos do Brasil - disse o senador.

Em aparte, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) relatou avanços obtidos nos últimos anos de governo. Já o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediu a ajuda de Cristovam para a aprovação de emenda à MP 586/12, que traz incentivos à alfabetização. A emenda, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), pretendia mudar de 8 para 6 anos a idade ideal para alfabetização nas escolas, mas foi rejeitada na Câmara dos Deputados.

Segundo Aloysio Nunes, Cristovam deveria pedir ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a tramitação rápida da MP a fim de possibilitar a aprovação da mudança com tempo para que o texto voltasse para a Câmara dos Deputados. A vigência da MP vai até 18 de abril. Cristovam aceitou a sugestão.

- Aceito essa sua tarefa. Hoje mesmo vou pedir uma audiência – afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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