Em homenagem a Jorge Amado, Sarney cita militância política e personagens

Ricardo Westin | 15/08/2012, 17h20

Na sessão de homenagem ao centenário de Jorge Amado no Congresso Nacional, no dia 6, o presidente do Senado, José Sarney, foi da infância do escritor à militância política, do estilo literário à preocupação social.

Sarney lembrou que Capitães da Areia, que trata da infância miserável, não foi bem recebido pelo regime de Getúlio Vargas.

— Jorge, como eu, não gostava de Getúlio. Durante sua ditadura, sofreu prisões, viveu os primeiros exílios. Em novembro de 1937, praticamente toda a edição de Capitães da Areia foi queimada em praça pública.

Sarney contou que, como presidente da República, convidou Amado para ser embaixador na França. Ele preferiu não aceitar.

— Mas engrandeceu viagens oficiais que fiz. Testemunhei a consagração que os alunos da Universidade de Moscou lhe fizeram, as palmas intermináveis que assistimos com alegria.

O presidente do Senado citou o universo de personagens marcantes que Jorge Amado criou:

— Vejo entrar neste Plenário e na minha imaginação os mais de 5 mil personagens de Jorge Amado, todos eles presentes na nossa memória. Eles honram esta sessão, porque são eternos na memória do povo, na literatura brasileira.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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