Suspeito de realizar escutas ilegais para Cachoeira envia atestado médico à CPI

Rodrigo Baptista | 03/07/2012, 09h45

O policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, um dos quatro convocados para esta terça-feira (3) na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que apura as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e empresários enviou um atestado médico à comissão pedindo o adiamento de seu depoimento.

Apontado como um dos “arapongas” do grupo, o policial aposentado alega não estar em condição plena de saúde “tendo oscilações de pressão e tonteiras sucessivas”.

O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), vai se manifestar sobre o pedido no início da reunião, marcada para as 10h15.

Joaquim Gomes Thomé Neto também obteve na Justiça habeas corpus assegurando-lhe o direito de permanecer em silêncio na comissão. A liminar foi deferida pela presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outros convocados

Além do policial, a CPI do Cachoeira convocou também para esta terça-feira o ex-presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, que teria sido indicado para o cargo por Cachoeira. Edivaldo aparece em ligações interceptadas pela polícia em conversas com integrantes do grupo.

A comissão deve ouvir ainda Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da empresa Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado. Contratada pela campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, a empresa teria recebido o pagamento em cheques da empresa Alberto & Pantoja Construções e Transportes, apontada como uma das integrantes do grupo de Cachoeira. Rosely Pantoja da Silva, sócia da Alberto & Pantoja, também deve ser ouvida nesta terça-feira.

As reuniões da CPI mista são realizadas na sala 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado Federal, e podem ser acompanhadas pela internet, no link: http://www.senado.gov.br/noticias/tv/.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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