Professor da UNB diz que cada perícia do INSS representa uma situação de conflito

Da Redação | 14/06/2012, 11h12

Segundo o professor da Universidade de Brasília (UNB), Wanderley Codo, o perito médico “vive 15 guerras” por dia, por que cada perícia representa uma situação de conflito. Ele participou de audiência publica no Senado para debater as condições de trabalho e segurança da perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo informou, o perito tem que fazer em média 15 atendimentos diários, tendo que verificar se realmente o paciente está incapacitado para o trabalho. Muitas vezes, disse, ao contestar a opinião do médico assistente, que concedeu um atestado, o perito se coloca em uma posição de conflito com o segurado e com os colegas de trabalho.

Para Codo, a fila de atendimento das perícias é outro grande problema enfrentado no INSS, sendo extremamente cruel e fazendo com que todos saiam perdendo.

- O segurado que está com um atestado de 15 dias fica três meses esperando sem receber nada. O Estado terá que pagar três meses sendo que teria que pagar 15 dias. O Estado sai perdendo – afirmou Wanderley Codo.

Ainda segundo disse, a falta de condições de trabalho e de equipamentos, o sistema informatizado lento e a desorganização no trabalho desestimulam os servidores.

- Quando temos um trabalho desgastante, o suporte é termos uma boa estrutura de trabalho, o que não temos [no caso da perícia médica], o que causa o adoecimento e o abandono do emprego dos peritos – ressaltou o professor da UnB.

A audiência foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Mais informações a seguir

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: