Sem entendimento na CPI, quebra de sigilo telefônico do governador de Goiás é adiada

Da Redação | 30/05/2012, 13h34

Após longa discussão, a CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados suspendeu, nesta quarta-feira (30), a decisão sobre requerimentos que pedem a quebra de sigilo telefônico e de SMS (mensagens de texto) do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e dos deputados Sandes Júnior (PP-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ) e Carlos Alberto Leréía Silva (PSDB-GO).

Na presidência da sessão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) informou que com a retirada de pauta, a votação dos requerimentos fica adiada.

Em um dos requerimentos, apresentado pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) era solicitada apenas a quebra do sigilo do governador goiano, mas o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) propôs que fosse votada de forma extensiva a quebra dos demais governadores.

- Não há como admitir a exclusão de alguns, a seleção de alvos, dois pesos e duas medidas – justificou o senador.

Já o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), defendeu a quebra do sigilo de Perillo exclusivamente.

- Há indícios contundentes que justificam a quebra do governador Marconi Perillo. Não descarto quebra de outros governadores, mas neste momento não é possível encaminhar favoravelmente [a quebra dos demais] – disse.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), por sua vez, questionou a necessidade e a legalidade de quebrar os sigilos de governadores neste momento.

- Não há fundamentação jurídica para quebrar sigilo nesse momento da investigação. A medida é de exceção, que só pode ser concebida quando outro meio de prova não puder dar resposta. Não há pertinência para quebra de sigilo – argumentou.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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