Supremo autoriza CPI a divulgar documentos do inquérito de Demóstenes

Milena Galdino | 24/05/2012, 20h35

O ministro do STF Ricardo Lewandowski publicou no início da noite desta quinta-feira (24) um despacho determinando que o segredo de justiça na investigação que envolve o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) se limite à garantia de sigilo das ligações telefônicas gravadas pela Polícia Federal.

As demais peças que integram o Inquérito 3430, já colocadas à disposição dos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, mas guardadas em segredo, poderão ser divulgadas a critério da comissão, se os parlamentares entenderem que isso não atrapalharia as investigações.

Só terão acesso aos documentos completos, incluindo as interceptações telefônicas, as partes envolvidas: réus, investigados e seus advogados.

Lewandowski, no mesmo despacho, registrou o recebimento de novos CDs com conteúdo proveniente da 11ª Vara Federal em Goiânia com mais gravações telefônicas.

O senador Alvaro Dias considerou positiva a decisão. Para ele, a liberação do sigilo guarda relação com o interesse público de “desvendar os mistérios da corrupção e do ilícito praticado”.

- Por isso, o segredo de justiça deixa de ser necessário. Passa a ser necessária a transparência, a apresentação de todos os fatos de forma nua e crua diante da sociedade.

Para o senador, como o pedido para a o fim do segredo de justiça partiu da CPI, a lógica é de que a comissão decida pela divulgação dos dados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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