Vital do Rêgo tentará facilitar consulta de documentos secretos

Anderson Vieira | 11/05/2012, 10h20

O presidente da CPI mista do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que pretende consultar técnicos da área de informática do Senado sobre a possibilidade de implantar, nos arquivos enviados pelo STF sobre as operações Vegas e Monte Carlo, um sistema inteligente de busca que não interfira no sigilo dos dados em poder da Comissão Parlamentar de Inquérito.

A intenção de Vital do Rêgo é atender uma reivindicação dos parlamentares que reclamam da dificuldade de encontrar informações específicas no meio de muitos arquivos de diferentes formatos.

– Temos milhares de arquivos de texto, vídeo, áudio e imagens. Por isso, precisamos saber se é possível implantar um sistema de busca sem comprometer o sigilo. É também uma dificuldade no formato. Quero saber se o formato que me chega é passível de alteração. Vamos consultar o STF sobre a possibilidade de se alterar o formato de alguns documentos para facilitar a consulta – explicou.

O manuseio das informações tem sido um problema para os componentes da CPI. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) foi um dos que reclamaram. Na quinta-feira (10), pouco antes da reunião para ouvir um delegado e dois procuradores que atuaram nas operações Vegas e Monte Carlo, o parlamentar deixou a sala secreta se queixando da dificuldade de se fazer uma busca por nomes nos arquivos.

– Foram enviados para cá muitos documentos com imagem e não com o texto. Portanto, não podemos fazer a busca por uma pesquisa específica. Tudo que vamos fazer é consultar página por página – afirmou.

A sala secreta onde estão os computadores com as informações enviadas pelo STF foi aberta aos integrantes da comissão na segunda-feira (7) com três terminais de consulta. No dia seguinte, a pedido dos deputados e senadores, o presidente Vital do Rêgo providenciou mais sete computadores, além de permitir a entrada de um assessor credenciado para cada parlamentar.

Na quarta-feira (9), o PSDB pediu ao Supremo o fim do segredo de justiça sobre os inquéritos. O partido alega que a maioria das informações já vazou para a imprensa e argumenta também a supremacia do interesse público sobre a confidencialidade dos autos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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