Wellington Dias defende alteração na remuneração da caderneta de poupança

Da Redação | 03/05/2012, 17h10

O senador Wellington Dias (PT-PI) defendeu a alteração da taxa de remuneração da caderneta de poupança, para ele medida essencial para a queda dos juros a qual, por sua vez, é necessária para que o Brasil possa ser competitivo no mercado mundial.

Para o parlamentar, os dois principais problemas que afetam a competitividade brasileira são a carga tributária elevada e os “juros elevadíssimos”. Ele lembrou que já foram tomadas medidas para reduzir a carga tributária, como a diminuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de alguns produtos e a redução da contribuição previdenciária para alguns setores. Mas a redução dos juros esbarra na diminuição da remuneração da poupança.

Wellington Dias afirmou que a presidente Dilma Rousseff está tratando com firmeza este tema, já tendo reduzido o que o próprio governo paga de juros e negociando agora a redução do indexador da dívida dos estados e de alguns municípios com a própria União. Mas a poupança, ao ser uma espécie de piso de juros – a remuneração é fixada em 6,17% ao ano mais a taxa de referência –, impede que se abaixe mais a Taxa Selic, remuneração básica do Sistema Especial de Liquidação e Custódia do Banco Central.

O senador lembrou que a Taxa Selic, que chegou a 28% em 2002, pagava 13,75% em dezembro de 2008, ou 8,46% de juro real, descontada a inflação. No mês passado, chegou a 9%, com uma taxa de juros real de 3,34%. Para abaixá-la mais, disse o parlamentar, é preciso mexer na poupança.

- Estou defendendo abertamente que o Brasil não pode perder o bonde da história. É a hora de alterar a regra da poupança. A saída é dar ao Conselho Monetário Nacional o poder de alterar a taxa da poupança, sempre que alterar a taxa Selic – afirmou o senador, que foi aparteado pelos colegas Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Casildo Maldaner (PMDB-SC).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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