Ana Rita diz que CPI da violência contra mulher poderá ser prorrogada

Milena Galdino | 27/04/2012, 19h10

A senadora Ana Rita (PT-ES) estima que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra a Mulher terá seu prazo de existência prorrogado para investigação mais detalhada do sistema de prevenção e socorro oferecido pelos estados. Ao sair de uma reunião do colegiado na cidade de Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (27), ela disse, por telefone, que a CPI – cujo prazo de entrega do relatório final é previsto, inicialmente, para agosto – deverá ainda ter outras 18 ou 20 reuniões em diferentes estados.

Ana Rita contou que a visita às cidades enriquece as informações da CPI. Ela classificou como positivo o encontro desta tarde, no qual estavam representantes do governo federal, da defensoria pública, do ministério público estadual, de duas entidades da sociedade civil, além de parlamentares estaduais e federais.

De acordo com a senadora, ficou clara a necessidade de mais uma vara de direito especializada no atendimento a crimes contra a mulher em Minas Gerais:

– Há apenas duas varas no tribunal de justiça do estado, e, pelo excesso de demanda e falta de juízes, são 20 mil processos paralisados em cada uma – lamentou.

A senadora ressaltou que, como resultado do debate, o TJ-MG deverá avaliar a possibilidade de transformar uma vara criminal que atualmente tem menos processos numa terceira especializada em atendimento a mulheres vítimas de violência.

Além disso, Ana Rita disse que houve cobrança de providências para a solução do assassinato da jovem Adenise Cristina Santos Leão, em 3 de abril na cidade mineira de Carmópolis. Familiares da vítima, uma moça negra e pobre, prestaram depoimento na tarde de hoje à CPI.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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