Para Cyro Miranda, Dilma deve continuar com 'faxina' na administração

Da Redação | 24/08/2011, 19h52


O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) disse que a presidente Dilma Rousseff deve continuar com a chamada faxina na administração, incluindo a demissão de pessoas envolvidas com corrupção. Para ele, a presidente precisa eliminar a "herança maldita" que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador defendeu um trabalho meticuloso para acabar com "o conluio que tem expropriado recursos públicos" e não apenas a troca de ministros e dirigentes de órgãos públicos.

- Se não for feita uma faxina para valer, de cima a baixo, a crise institucional será inevitável, resultante da sucessão de escândalos que provavelmente continuarão a pipocar na mídia um dia após o outro - disse.

O parlamentar mencionou mais um caso envolvendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), cuja cúpula demitida estaria fazendo valer decisões tomadas antes da exoneração, ocorrida há várias semanas. A diretoria provisória do órgão validou 10 termos aditivos em contratos com empreiteiras, seis deles suspeitos de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os aditivos não trazem a assinatura de nenhum gestor do Dnit, mas o órgão confirma que as decisões de fazer os aditivos dos contratos são da diretoria anterior.

- Assim, não dá para oferecer apoio incondicional à presidente Dilma, porque, na prática, está aí: a farra continua! - afirmou.

Ele também afirmou ser necessário investigar a origem do patrimônio do ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot ou o porquê de a sede da Petrobras em Vitória (ES), orçada inicialmente em R$ 90 milhões, ter custado R$ 580 milhões.

- Não é hora de parar com a faxina, como deseja a Presidente, porque, ao que tudo indica, ela nem chegou perto do grosso da sujeira - avaliou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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