Lindbergh Farias defende queda da taxa de juros

Da Redação | 23/08/2011, 21h56


O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) voltou a defender, em discurso nesta terça-feira (23), a queda da taxa de juros no Brasil. Para o senador, o Banco Central não pode cometer o mesmo erro de 2008, quando relutou em baixar a taxa de juros, apesar da intenção do governo de incentivar o consumo para amenizar os efeitos da crise econômica mundial no país.

- Uma coisa da qual nós não abrimos mão neste país é do que conquistamos no governo Lula: esse grande mercado de massa, 40 milhões de brasileiros que subiram para a classe média - afirmou o senador, que considera o mercado de consumo de massas a "galinha de ovos de ouro do Brasil".

Lindbergh afirmou que as medidas do governo para barrar a entrada de dinheiro estrangeiro no país e evitar a ação de especuladores não são suficientes e que, se o Banco Central não aproveitar o momento baixar a taxa de juros, será necessário tomar medidas drásticas para evitar retração na economia.

- Se o Banco Central não tomar essas medidas agora, nós vamos defender, sim, que o governo jogue mais força, mais à frente, na questão fiscal, porque na questão fiscal é injeção na veia, nós colocamos a economia para funcionar.

O senador também voltou a criticar o fato de a remuneração de títulos da dívida pública ser atrelada à taxa Selic. Ele disse que o Brasil é o único país do mundo em que há essa indexação, o que faz com que a pressão do sistema financeiro por aumentos mantenha a alta a taxa de juros.

Pesar

Lindbergh lamentou a morte, no último domingo, do economista Antônio Barros de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O economista, que tinha 73 anos, morreu após o desabamento da laje de sua casa, no Rio de Janeiro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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