Inácio Arruda defende posição brasileira em relação à Líbia

Da Redação | 23/08/2011, 22h55


Em pronunciamento nesta terça-feira (23), o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) questionou a participação da Otan na disputa pelo poder na Líbia e fez um alerta quanto à adesão ao que chamou de "discurso fácil" contra Muamar Kadafi. Ressaltando que não estava defendendo o ditador líbio, o senador disse ser necessário um contraponto ao "senso comum", com destaque para a posição do Brasil em relação aos acontecimentos.

- Não vejo um movimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas pedindo um bombardeio da Otan na Arábia Saudita. Não vejo um movimento mais ardoroso pedindo o fim da monarquia inglesa ou das outras monarquias que há por aí, por tanto tempo existindo uma coisa ultrapassada, conservadora, feudal, que se mantém mundo afora, do imperador japonês - exemplificou.

Segundo Inácio Arruda, a ação dos rebeldes líbios é mostrada como "um movimento avançado e progressista", o que não seria verdade. Ele também defendeu a cautela do governo brasileiro em reconhecer uma liderança revolucionária na Líbia.

- O Brasil não é um país oportunista, principalmente quando está na democracia, é o contrário. Na democracia, temos que ter mais coragem de examinar claramente os interesses brasileiros. Alguns questionaram que o Brasil estava discutindo com a China, com a Rússia, com a África do Sul uma opinião mais conjunta. Claro, é isso mesmo, o Brasil tem que discutir é com esses parceiros mesmos, ouve a todos, mas discute com parceiros, que tem interesses mais em comum - argumentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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