Valadares demonstra a previsibilidade dos temporais no Rio de Janeiro e pede planejamento

Da Redação | 14/04/2010, 21h03

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) lembrou em Plenário, nesta quarta-feira (14), a sucessão de temporais com vítimas que acontecem no Rio de Janeiro desde 1966. Para ele, a tragédia que ocorreu na semana passada era perfeitamente previsível e irá se repetir enquanto não forem tomadas medidas adequadas de planejamento, assim como as obras necessárias e a retirada de habitações em situação de risco.

O senador afirmou que, em 1966, houve caos, apagão e a morte de 150 pessoas, com as chuvas deixando ainda 50 mil desabrigados. No ano seguinte, as tempestades trouxeram mais 500 mortes, com 25 mil pessoas feridas.

Em 1982, as tormentas vieram acompanhadas com seis mortes, seguidas de mais 18 óbitos no ano seguinte. Em 1987, as procelas causaram 292 mortes e deixaram 20 mil desabrigados. Em 1988, trouxeram 600 mortes e, novamente, 20 mil desabrigados. Já em 1991, foram 25 mortos, e, em 1999, mais 41 óbitos.

Para Antônio Carlos Valadares, a ex-capital brasileira paga o preço de ter sido construída sem planejamento em uma geografia prenhe de morros e pântanos e com vários lixões criados pelo homem.

O senador manifestou também sua consternação pela situação trágica causada por temporais violentos em seu estado. Segundo ele, além da capital, Aracaju, outros 14 municípios foram afetados e há centenas de desabrigados.

Antônio Carlos Valadares lamentou que já se fala em cortar a energia elétrica de casas de vítimas das chuvas no Rio de Janeiro e citou projeto de sua autoria que altera a Lei 8.987/95. De acordo com o parlamentar, trata-se de uma proposta simples: o projeto torna obrigatória a notificação prévia, com pelo menos 30 dias de antecedência, do corte do serviço. Também determina o detalhamento ao consumidor do valor consolidado do débito.

O senador disse que apresentou o projeto depois de ver Santas Casas de Misericórdia terem a luz cortada por inadimplência decorrente de atraso no repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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