Sthel Nogueira é atração do Pratas da Casa

Da Redação | 30/10/2009, 15h45

Criança ainda, gostava de ficar com a televisão ligada, quando a TV Tupi estava fora do ar, para ver o desenho estático do indiozinho símbolo da emissora, e ouvir aquela música de fundo. Ele olhava, fingindo tocar sanfona, e dançava. Um dia seu pai trouxe uma sanfona de 180 baixos para casa: "se tocar, é sua". Com 20 minutos de manuseio, repetiu a música que ouvia na TV. Dessa forma Sthel Nogueira começou seu namoro com a música. Na quinta-feira (5), às 19h, no Auditório Senador Antonio Carlos Magalhães, do Interlegis, ele se apresenta no projeto Pratas da Casa, o braço musical do programa Senado Cultural.

Mas o começo da relação de Sthel com a música não parou por aí. Poucos dias depois de ter conquistado a sanfona, um tio levou um violão até sua casa e desafiou o sobrinho: "se tocar, é seu". A estória se repetiu. Tocou e ganhou aquele violão de presente. Mais do que isso: descobriu que tinha nascido com o dom para a música. Nesse show dentro do Pratas da Casa, ele homenageará Villa-Lobos, Dolores Duran, Roberto Carlos e Jair Rodrigues. A apresentação, com entrada franca e censura livre, também poderá ser assistida pela internet, no site do Interlegis (http://www.interlegis.gov.br/).

Músico, cantor e compositor, Sthel Nogueira começou sua carreira em 1966, participando do 1º Festival de Música de Brasília. Tomou gosto por aquele tipo de ambiente e disputou outros festivais na própria capital federal e em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. No final da década de 1960 foi morar em Belo Horizonte, onde conheceu artistas como Lô Borges e Beto Guedes. Era a época do surgimento de uma vertente musical que em pouco tempo tornou-se conhecida como "Clube da Esquina".

Tornou-se parceiro de Paulinho Pedra Azul - que de sua autoria gravou Papagaio de Papel, Além do Amor e Cantiga pra Gabriel, entre outras - e produziu shows de artistas como Tavinho Moura, Lô Borges e Toninho Horta. Também trabalhou com Túlio Mourão, Vander Lee e Celso Adolfo e produziu Tavito e Zé Rodrix e o CD/DVD do grupo vocal e instrumental Mulheres de Antenas. Nos tempos do LP, lançou o disco Mar de Espanha.

Sthel é sócio da empresa Zen Records - Zen Studio, que lançou no cenário nacional o grupo Natiruts. Ele encerrou sua carreira como produtor de shows trazendo para Brasília Milton Nascimento. Foi responsável pela programação artística da casa de espetáculos Music Station, no Pier 21, e do Pocket Bar - Beco da Rua 8. Em 2004 retomou sua carreira de cantor e compositor. De lá para cá já realizou shows em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Agora em 2009, Sthel Nogueira inaugurou uma nova fase: a de poeta e escritor. Está finalizando o seu trabalho de estréia, o livro Cartas, Contos e Poemas, que ainda não tem data para ser lançado. Além desse casamento firme com a música, Sthel é funcionário do Senado há 37 anos. Atualmente trabalha na assessoria do Cerimonial da Presidência do Senado. Também é membro suplente do Conselho de Cultura, órgão ligado à Secretaria de Cultura do Distrito Federal, indicado pela área de música.

Serviço:

Senado Cultural - Projeto Pratas da Casa
Sthel Nogueira homenageia Villa-Lobos, Dolores Duran, Roberto Carlos e Jair Rodrigues Dia 5 de novembro - Quinta-feira - 19h
Local: Auditório do Interlegis (vizinho à Gráfica do Senado)
Entrada franca e censura livre

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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