Marina Silva defende escolha de Rio Branco como sede de jogos da Copa em 2014
Da Redação | 13/02/2009, 13h25
O estado do Acre, por ser o "nascedouro" do movimento ambiental no país, especialmente com a atuação do líder seringueiro Chico Mendes, lembrou a ex-ministra do Meio Ambiente, poderá mostrar ao resto do mundo que é possível haver desenvolvimento econômico com sustentabilidade ecológica.
- Achamos que, se ali [no Acre] é o berço do socioambientalismo, o berço da defesa da Amazônia e do desenvolvimento sustentável, uma visão que busca realizar o desenvolvimento com preservação e a preservação com desenvolvimento, este seria o momento e a oportunidade não só para o Brasil, mas para o mundo poder alavancar esse esforço e esse processo que teve início há vinte anos, na figura de Chico Mendes - ressaltou a senadora.
Marina Silva lembrou que a Copa no Brasil acontece num momento em que duas crises atingem todo o mundo: a econômica e a ambiental. Para ela, é possível viver bem em regiões de florestas, como a Amazônia, da mesma forma como na cidade. A senadora citou o termo "florestania", uma analogia à expressão "cidadania", que se refere à vida digna na cidade, explicou.
A representante do Acre disse ainda que Rio Branco possui condições técnicas para sediar o evento. Ela informou, como exemplo, que o Estádio Arena da Floresta é o único no Brasil construído dentro dos padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). E afirmou que o estado tem infraestrutura para receber o fluxo de pessoas que assistirão aos jogos. Outros aspectos exigidos pela Fifa, disse Marina Silva, poderão ser ajustados.
- Nosso projeto técnico é reconhecidamente um dos melhores, tanto é que ficamos entre as dezoito cidades [das vinte e duas que se candidataram para sediar os jogos], porque, além de dar a solução do ponto de vista ambiental e social para as atividades propriamente ditas dos jogos da Copa, tem todo um processo de ancoragem baseado numa economia de sustentabilidade da capacidade de suporte para o atendimento dessa grande demanda - enfatizou.
Para Marina Silva, ainda, a escolha de Rio Branco como uma das sedes vai possibilitar a ampliação do público da Copa, com uma população não só do Brasil, mas de toda aquela região, inclusive Peru e Bolívia.
- É um raio que atinge cerca de quarenta milhões de pessoas que terão, nessa chance de o Acre sediar a Copa do Mundo, a oportunidade de poder assistir a esses jogos, coisa que dificilmente fariam em outros centros que legitimamente vão sediar jogos - concluiu a senadora.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
MAIS NOTÍCIAS SOBRE: