Cristovam defende federalização gradual do ensino médio

Da Redação | 26/03/2008, 17h54

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comentou matéria publicada nesta quarta-feira (26) pelo jornal Folha de S. Paulo em que o ministro da Educação, Fernando Haddad, admite a possibilidade de o governo federal promover a federalização do ensino médio. Cristovam lembrou que essa sugestão tramita desde 2003 na Casa Civil da Presidência da República sem que tenha recebido a devida atenção para seu aproveitamento a resolução de parte da crise educacional do país.

De acordo com a reportagem, o ministro Haddad considera o ensino médio o "elo frágil" da educação. Ele acrescenta que "o governo pretende assumir parte das matrículas desse nível, a partir de microrregiões que deverão ser demarcadas". Segundo o ministro, o total de matrículas no ensino médio federalizado hoje está em 1% do total das escolas públicas e pode chegar a 10% em decorrência da intervenção federal.

Para Cristovam, no entanto, não há condições para a realização de uma revolução no ensino médio em todo o país. Em sua opinião, a federalização do ensino médio terá que ser implantada por partes, município por município, com a participação de prefeitos e governadores que realmente queiram colaborar. Cristovam acrescentou que, antes, será preciso fazer um concurso federal, pagando muito bem aos professores e exigindo destes formação e dedicação.

Temendo que a federalização não alcance hoje os mesmos objetivos de há cinco anos, quando foi ministro da Educação e sugeriu a federalização do ensino no país, Cristovam criticou o atual ministro da Justiça, Tarso Genro, que o substituiu à época, por ter chamado a proposta de "uma insensatez".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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