CPI quebra sigilos de Carlos Cachoeira

Da Redação | 19/07/2005, 00h00

Em reunião nesta terça-feira (19), a CPI dos Bingos - comissão parlamentar de inquérito criada para apurar denúncias de utilização de casas de bingo em lavagem de dinheiro e supostas ligações do jogo com o crime organizado - aprovou diversos requerimentos de quebra de sigilos telefônico, bancário e fiscal. Entre eles, o de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlos Cachoeira, empresário do setor de jogos responsável pela gravação do vídeo em que Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu, aparece tentando extorquir dinheiro do próprio Cachoeira.

Rogério Tadeu Buratti, sua esposa, Elza Gonçalves Siqueira Buratti, e suas empresas - W Way Informática e BBS Consultores Associados - também tiveram seus sigilos quebrados. Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto (SP), é acusado de estar envolvido nas negociações de renovação de contrato, intermediadas por Waldomiro Diniz, entre a empresa GTech e a Caixa Econômica Federal (CEF).

A GTech do Brasil, que operava os sistemas de loteria da CEF, e seus funcionários - o ex-presidente, Antonio Carlos Lino da Rocha, o diretor de marketing, Marcelo José Rovai, e o advogado, Enrico Gianelli - também terão suas operações financeira, telefônica e fiscal investigadas pela comissão.

Outro que terá quebrados seus sigilos pela CPI é o ex-secretário de Fazenda de Antonio Palocci, quando prefeito de Ribeirão Preto, Ralf Barquete Santos, já falecido, acusado de ser o contato de Buratti na cúpula da CEF.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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