NABOR: VERBETE DE DICIONÁRIO DESRESPEITA O ESTADO DO ACRE

Da Redação | 18/08/1997, 16h36

O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) criticou hoje (dia 18) a inclusão da expressão ir para o Acre entre os sinônimos do verbete morrer, na 2ª edição do dicionário Aurélio. Ele afirmou que está interpelando judicialmente a Editora Nova Fronteira, responsável pela publicação do dicionário, para cobrar uma explicação sobre as origens e condições em que foi colhido o conceito.

Nabor Júnior lembrou que para um conceito ser reconhecido e citado em um dicionário como o Aurélio, o verbete deve passar antes por avaliação criteriosa de importância e veracidade. Ele disse que deixar de fazê-lo em um caso é a abertura para outras leviandades, "escancarando as páginas para delírios e retaliações desprovidas de dignidade ou base científica". O senador considerou a inclusão do significado uma agressão ao Acre e disse que esse estado "não pode ficar exposto à chacota gratuita e maldosa".

- O que terá mudado, entre a primeira e a segunda edição do festejado dicionário, para que o Acre passasse a ser considerado o cemitério alegórico dos brasileiros? Onde os renovadores do legado de Aurélio Buarque de Holanda foram descobrir, inventar ou falsear essa definição, de tão mau gosto e de legitimidade duvidosa? - indagou. Para Nabor Júnior, essa questão, embora possa parecer de pouca importância, refere-se, na verdade, "à dignidade e à preservação da imagem do estado do Acre".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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