Senado realiza seminário para debater violência contra a mulher na internet

Para discutir a violência contra mulher nas redes sociais, o Senado realizou no Interlegis, dia 2/12, o seminário “Mulheres, Violência e Mídias Sociais”. O evento, organizado pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado e pela Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, integra as ações do Congresso Nacional na campanha 16 Dias de Ativismo.
02/12/2015 14h05

Para discutir a violência contra mulher nas redes sociais, o Senado realizou no Interlegis, dia 2/12, o seminário “Mulheres, Violência e Mídias Sociais”. O evento, organizado pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado e pela Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, integra as ações do Congresso Nacional na campanha 16 Dias de Ativismo.

 

De acordo com a Procuradora da Mulher do Senado Federal, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que mediou o debate, “é preciso ajustar as formas de reação á violência que se apresenta na internet, pois ela também vitima severamente a metade feminina da população”. Também presidiram a mesa a deputada Tia Eron (PRB-BA) e o coordenador de Operações do Banco Mundial no Brasil, Boris E.Utria.

 

No primeiro painel do seminário, o tema debatido foi “Velhas violências, novas mídias: visibilidade e engajamento espontâneo no combate ao preconceito”. Foram palestrantes a blogueira e professora da UFCE, Lola Aronovich, a pesquisadora da InternetLab, Natália Neris, a coordenadora-geral de Direitos Humanos da SECADI do Ministério da Educação, Camila Moreno, a consultora em comunicação e membro da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, Eloá Muniz e a representante do Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), Soraia da Rosa Mendes.

 

Os debatedores falaram neste painel sobre a violência manifesta contras as mulheres em comentários divulgados nas redes sociais e também de hashtags, blogs e páginas dedicadas ao enfrentamento desse tipo de violência. Eles citaram como exemplo as campanhas #meuprimeiroassédio e #meuamigosecreto criadas em defesa da integridade feminina e usadas como denúncia de comportamentos machistas, racistas e misóginos vivenciados pelas mulheres vítimas de tais agressões.

 

Já no segundo painel debateram sobre “Liberdade de expressão x Direito à intimidade”, o Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Gabriel Sampaio, a representante da Associação dos Delegados da Polícia Federal, Tatiane Almeida, a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, Terezinha Abigail Gonçalves da Silva e a professora da UFBA, do Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura, Graciela Nathanson. Nessa segunda parte do evento os especialistas discutiram formas de fiscalização e punição dos casos de violência ocorridos na internet, bem como as formas de prevenção e combate a ofensas online.