Sedes do Senado

Palácio Conde dos Arcos

Solar construído em 1819, em uma chácara para residência do Conde dos Arcos, 15º e último Vice-Rei do Brasil. Estendia-se desde o Areal até o fim do Campo de Sant’Anna, adentrando pela Rua das Flores. Em 1824, o edifício foi adquirido pelo Imperador D. Pedro I para a instalação do Senado. Em agosto de 1831, o solar foi reformado e, posteriormente, em 1919, o prédio sofreu outra reforma e ganhou nova fachada. O Senado funcionou ali até 31 de dezembro de 1924, quando se transferiu para o Palácio Monroe. O antigo Palácio Conde dos Arcos é hoje ocupado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Palácio Monroe

A segunda sede do Senado foi o Palácio Monroe, onde o Senado funcionou a partir de 3 de maio de 1925. O prédio foi projetado em 1904 e assinado pelo engenheiro Francisco de Souza Aguiar, para concorrer na Exposição Mundial de Saint Louis, nos Estados Unidos. Recebeu a medalha de ouro na exposição, onde competira com outros 50 projetos de outros países.

O edifício foi inaugurado em 23 de julho de 1906, na abertura da 3ª Conferência Pan-Americana. A Conferência foi aberta com um discurso do Barão do Rio Branco, que batizou o prédio de Monroe em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe.

Na última sessão no Palácio Monroe, realizada às vésperas da transferência da capital para Brasília, em 1960, os senadores emocionaram-se com a despedida do Rio de Janeiro, mas, também, do prédio.

Posteriormente, o Palácio foi demolido. Em 11 de outubro de 1975, o presidente Ernesto Geisel autorizou o Patrimônio da União a providenciar a sua demolição. Para conhecer a história da demolição, consulte o livro na Biblioteca do Senado Federal: AGUIAR, Louis de Souza. Palácio Monroe: da Glória ao Opróbrio. Rio de Janeiro, Arte Moderna. 1976. 222 p. : il.

Palácio do Congresso Nacional

Com a mudança da capital para a Brasília, o Palácio do Congresso Nacional foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O edifício, tombado pela Unesco, reúne o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, no centro da Praça dos Três Poderes. A simbologia do projeto de Niemeyer colocou o Congresso como o prédio mais alto da Praça dos Três Poderes, significando a preponderância do poder do povo, por meio de sua representação. O prédio inclui duas torres de vinte e oito andares ligadas ao meio, figurando um “H”. Ao lado de uma das torres, há uma cúpula maior convexa, a Câmara dos Deputados, e aberta, sugerindo o impacto direto de ideologias; e do outro lado, uma cúpula menor côncava, o Senado Federal, indicando um local propício para reflexões, ponderações e equilíbrio, onde se valorizam a maturidade e a experiência. As duas conchas simbolizam o poder e o sistema bicameral.