O Senado na Nova República

Com a morte de Tancredo Neves, em 1985, seu vice, o até então senador José Sarney, tornou-se o presidente da República. Durante seu mandato, oriunda de mensagem do Poder Executivo, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 26, de 27 de novembro de 1985, que criou a Assembleia Constituinte. Esta trabalhou arduamente para resgatar a cidadania brasileira, tendo como resultado a vigente Constituição de 1988, que assinalou o marco jurídico do novo tempo de liberdade e democracia no país e foi apelidada de “Constituição Cidadã”. E o Senado, mais uma vez, ocupou grande papel no debate político nacional.

Em 1992, o Senado, após investigação por uma comissão parlamentar de inquérito, afastou o então presidente da República, Fernando Collor de Mello. Em decorrência desse afastamento, assumiu a Presidência da República, o seu vice, Itamar Franco, figura política que havia se destacado no cenário nacional como senador. O ano de 1993 foi marcado por muitas agitações no Congresso. Foi instalada a CPI do Orçamento, que investigou os parlamentares responsáveis pela elaboração do Orçamento da União, onde se desvendou um esquema de desvio de dinheiro público. Dezoito deputados integrantes da comissão foram citados no relatório final da CPI. Seis acabaram cassados, oito absolvidos e quatro renunciaram ao mandato, entre eles o deputado João Alves, apontado como mentor das fraudes.

Outro destaque em 1993 foi a instalação e início dos trabalhos de revisão da Constituição Federal, que continuou no ano de 1994. Em 1995, outro político, oriundo dos quadros do Senado, Fernando Henrique Cardoso, tornou-se presidente da República, sendo reeleito em 1999.

Nesse período, foram aprovadas importantes leis no Parlamento: em 1995, a lei de cotas para representação política feminina; em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e, em 1997, a Lei de Responsabilidade Fiscal, para impor limites a gastos governamentais.